quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Recuperação das margens do Rio Cuiabá

Meio Ambiente: Prefeitura apresenta programa de recuperação das margens do rio Cuiabá.

Fonte: Jornal Página Única Edição: Nº 333 - ano III - 27/11/2007

O Secretário de Meio Ambiente e Urbanismo de Cuiabá, Eden Capistrano, reúne-se amanhã (28/11/2007) com representantes de entidades, faculdades, ONGs e associações para apresentar o programa de recuperação das matas ciliares em torno do rio Cuiabá, onde haverá o plantio de 100 mil mudas de plantas nativas em toda a margem. Essa será a segunda etapa do programa.

Ainda no mês de novembro, uma equipe da secretaria vai diagnosticar as áreas com maior degradação ambiental, para que seja feita a recuperação. São 85 quilômetros de áreas, rural e urbana, dos municípios de Acorizal, Cuiabá e Santo Antônio do Leverger. Cada grupo de voluntários ficará responsável por uma área do rio Cuiabá. Esse será o maior plantio em massa da história da Capital e baixada cuiabana.

O lançamento oficial do programa de recomposição das matas ciliares e a recuperação de áreas degradadas às margens do Rio Cuiabá, das nascentes e afluentes, em toda extensão do município, será no mês de dezembro. A meta é plantar em um só dia 100 mil mudas de árvores nativas. Entre as espécies estão: sarãs, ipês, tarumã, ingá, loro e o jatobá. Já apóiam o programa a OAB, o Rotary, o Lions Clube, a maçonaria, universidades e ainda o governo do Estado de Mato Grosso.

"Esse será sem dúvida um grande momento para todos nós e que vai marcar a história de Cuiabá com o plantio de milhares de mudas de plantas nativas que servirão para a recuperação e para alimentação dos peixes. A idéia é desde já, envolver várias instituições na criação de uma rede de parceiros para executar o programa, mas nós não conseguiremos se não houver também a participação de toda a população cuiabana, além é claro, das comunidades ribeirinhas", diz o secretário Eden Capistrano.

Esse programa fará parte também do Projeto Rearborizando Cuiabá. Em pouco mais de dois anos a prefeitura de Cuiabá produziu um milhão de mudas e já doou 49.995 à população. Só nos últimos sete meses, foram 7.927 doações e 19 mil mudas produzidas.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

PAU-DE-BALSA

Madeira Pau-de-Balsa; uma planta bastante precoce

De: Elaine Perassoli
Da: Redação do Jornal A GAZETA
Ed: Edição Nº 5854 - Suplemento Terra & Criação

O pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Décio Teruo Miyajima explica que o pau-de-balsa é bastante precoce, ou seja, os primeiros resultados podem ser colhidos apenas três anos após o plantio.

Ao completar um ano, a árvore atinge seis metros de altura. Aos 24 meses chega a medir 16 metros e com três anos atinge 20 metros de altura. "É resistente e muito utilizada como material de isolação acústica, no artesanato, na construção de jangadas, balsas, aeromodelismo, colete salva vidas e também na fabricação de papel e celulose", ressalta o pesquisador.

Além da madeira, cada hectare (ha) de pau-de-balsa produz mil quilos de pluma que pode ser utilizada na produção de travesseiros e almofadas. O quilo é comercializado a R$ 1,50. A produção de sementes também gera um bom lucro 18 meses após o plantio.

Cada 10 plantas geram um quilo de sementes que pode ser comercializado a R$ 1.500,00. A colheita tanto da semente, quanto da pluma é feita em agosto. "O produtor precisa ter experiência para saber a hora de colher, tanto a pluma, como a semente. O atraso de uma semana pode comprometer a qualidade destes dois produtos. É importante salientar que a Empaer também detém a tecnologia para o processo de germinação das sementes", explica.

A produção de muda do pau-de-balsa também pode ser um bom negócio tanto para quem vende, quanto para quem compra. Cada planta custa em torno de R$ 5,00. Miyajima diz que o investimento em 10 mudas é de R$ 50,00. No entanto, em 18 meses estas 10 plantas produzem um quilo de sementes que será vendido a R$ 1.500,00. "A muda fica pronta em 90 dias", completa.

REFLORESTAMENTO COM PAU-DE-BALSA

A madeira Pau-de-balsa terá diretriz técnica publicada

De: Elaine Perassoli
Da: Redação do Jornal A GAZETA
Ed: Edição Nº 5854 - Suplemento Terra & Criação

A diretriz técnica do pau-de-balsa será publicada ainda neste mês de novembro e o engenheiro agrônomo e pesquisador da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Décio Teruo Miyajima explica que este documento estabelece todas as regras para o cultivo e, isso é importante para orientar o produtor e garantir os financiamentos.

O pesquisador, que trabalha na divulgação desta cultura desde 2001, têm feito palestras em dezenas de municípios sobre o potencial desta árvore. As próximas serão em Juara, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Rondonópolis e acontecem nesta semana. "O objetivo é divulgar as vantagens do cultivo do pau-de-balsa e a importância do reflorestamento", enfatiza.

Em Mato Grosso já há áreas plantadas em Primavera do Leste, São José dos Quatro Marcos, Juara, Juína, Juruena, Feliz Natal e Vale do Araguaia.

Leve como isopor e muito utilizado na indústria náutica, com produção rápida, boa comercialização e sem muitas exigências de solo e de cultivo, o pau-de-balsa é uma opção rentável. "Como o retorno é rápido, acreditamos que pode ser uma excelente opção, especialmente para os assentados e agricultores familiares", explica o agrônomo.

As mudas da árvore estão sendo produzidas nos viveiros da Empaer dos municípios de Várzea Grande, Sinop e Cáceres. Atualmente, a planta ocupa em Mato Grosso mais de 50 hectares e está sendo recomendada para reflorestamento em áreas degradadas e de pequenos produtores devido a extinção de populações de espécies florestais.

A pesquisa sobre o pau-de-balsa começou em 2001. Os primeiros plantios foram feitos em Sinop, em Nossa Senhora do Livramento, e em algumas cidades do Nortão. Os projetos de pesquisa da Empaer são desenvolvidos em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e com os produtores rurais. "Este ano, estamos ampliando a divulgação dos projetos", conta Miyajima.

De acordo com a Empaer, com a publicação da diretriz técnica da cultura, os produtores poderão buscar recursos junto de linhas como o Pronaf-floresta, MT Floresta e outros. "Nossa expectativa é de plantar 100 mil hectares de pau-de-balsa em Mato Grosso, criando uma alternativa para os produtores do Estado e para a própria indústria madeireira que precisa ingressar num ciclo com maior sustentabilidade ambiental", propõe Miyajima.

Comentário: O autor do Blog, animado com a leitura de inúmeras matérias sobre Pau-de-Balsa resolveu criar uma sementeira e plantou 700 mudas em sua chácara Balsa SoftACG, em Cuiabá. O clima quente e seco determinou a utilização de plantio irrigado e, hoje, as mudas crescem à olhos vistos.