quinta-feira, 22 de novembro de 2007

REFLORESTAMENTO COM PAU-DE-BALSA

A madeira Pau-de-balsa terá diretriz técnica publicada

De: Elaine Perassoli
Da: Redação do Jornal A GAZETA
Ed: Edição Nº 5854 - Suplemento Terra & Criação

A diretriz técnica do pau-de-balsa será publicada ainda neste mês de novembro e o engenheiro agrônomo e pesquisador da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Décio Teruo Miyajima explica que este documento estabelece todas as regras para o cultivo e, isso é importante para orientar o produtor e garantir os financiamentos.

O pesquisador, que trabalha na divulgação desta cultura desde 2001, têm feito palestras em dezenas de municípios sobre o potencial desta árvore. As próximas serão em Juara, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde e Rondonópolis e acontecem nesta semana. "O objetivo é divulgar as vantagens do cultivo do pau-de-balsa e a importância do reflorestamento", enfatiza.

Em Mato Grosso já há áreas plantadas em Primavera do Leste, São José dos Quatro Marcos, Juara, Juína, Juruena, Feliz Natal e Vale do Araguaia.

Leve como isopor e muito utilizado na indústria náutica, com produção rápida, boa comercialização e sem muitas exigências de solo e de cultivo, o pau-de-balsa é uma opção rentável. "Como o retorno é rápido, acreditamos que pode ser uma excelente opção, especialmente para os assentados e agricultores familiares", explica o agrônomo.

As mudas da árvore estão sendo produzidas nos viveiros da Empaer dos municípios de Várzea Grande, Sinop e Cáceres. Atualmente, a planta ocupa em Mato Grosso mais de 50 hectares e está sendo recomendada para reflorestamento em áreas degradadas e de pequenos produtores devido a extinção de populações de espécies florestais.

A pesquisa sobre o pau-de-balsa começou em 2001. Os primeiros plantios foram feitos em Sinop, em Nossa Senhora do Livramento, e em algumas cidades do Nortão. Os projetos de pesquisa da Empaer são desenvolvidos em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e com os produtores rurais. "Este ano, estamos ampliando a divulgação dos projetos", conta Miyajima.

De acordo com a Empaer, com a publicação da diretriz técnica da cultura, os produtores poderão buscar recursos junto de linhas como o Pronaf-floresta, MT Floresta e outros. "Nossa expectativa é de plantar 100 mil hectares de pau-de-balsa em Mato Grosso, criando uma alternativa para os produtores do Estado e para a própria indústria madeireira que precisa ingressar num ciclo com maior sustentabilidade ambiental", propõe Miyajima.

Comentário: O autor do Blog, animado com a leitura de inúmeras matérias sobre Pau-de-Balsa resolveu criar uma sementeira e plantou 700 mudas em sua chácara Balsa SoftACG, em Cuiabá. O clima quente e seco determinou a utilização de plantio irrigado e, hoje, as mudas crescem à olhos vistos.

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