quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Empresa suiça visita plantio de pau de balsa em Mato Grosso

Portal do Estado De Mato Grosso

MEIO AMBIENTE
/ HÉLICE EÓLICA

Empresa suiça visita plantio de pau de balsa em Mato Grosso
A madeira apresenta uma densidade média de 150 quilos por metro cúbico.

O vice-presidente da Business Excellence, uma empresa suíça, Alexandre Domingues, visitou algumas propriedades rurais na região Oeste do Estado de Mato Grosso que cultivam pau de balsa. A empresa é considerada uma das grandes distribuidoras de pau de balsa no mundo e tem interesse em adquirir a madeira para fabricar hélice eólica. A madeira apresenta uma densidade média de 150 quilos por metro cúbico, considerada ideal para confecção de hélices. Foram visitados plantios nos municípios de Mirassol D'Oeste, Quatro Marcos e Araputanga.

Com uma área plantada de 3,7 mil hectares no Estado, a madeira brasileira Ochroma pyramidale, Bombácea pode chegar ao primeiro corte medindo 20 metros de altura por 35 centímetros de diâmetro. O pau de balsa é usado para isolação acústica, artesanato, construção de jangadas, balsas, aeromodelismo, colete salva vidas, fabricação de papel, móveis e outros. E agora, hélice eólica que utiliza o vento como fonte alternativa de energia para gerar eletricidade e com a força do vento irrigar terras áridas e drenar alagados.

O pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Décio Teruo Miyajima, que há cinco anos pesquisa o pau de balsa salienta, que em parceria com o produtor já analisa os dados de crescimento da planta, custo de produção para definir o preço do metro cúbico a ser comercializada no Estado. E num trabalho inédito com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vão pesquisar novos materiais genéticos de pau de balsa. "No futuro a intenção é produzir mudas in vitro para garantir um padrão da madeira a ser comercializada", destaca Décio.

Árvores com a idade de 03 a 04 anos, consideradas prontas para o corte, representam 20% de toda produção em Mato Grosso e os outros 80% são plantas com menos de 02 anos de plantio. Segundo Décio, os produtores ainda não têm a técnica de corte do pau de balsa, sendo necessário entregar a madeira em toras. No Distrito Industrial de Cuiabá estão instalando uma empresa que fará o corte da madeira na propriedade dos produtores com uma serra portátil facilitando a comercialização. "O objetivo da serra é evitar desperdício e com maior aproveitamento no padrão internacional", ressalta Teruo.

A presidente da Cooperativa de Produtores de Pau de Balsa de Mato Grosso, Maria Elizete Pinheiro, esclarece que na região de Alta Floresta (803 km ao Norte de Cuiabá) já cortam a madeira para fabricação de compensados e lâminas para produção de móveis. Hoje o Estado possui 105 produtores que investiram no plantio da madeira. Ela ressalta que o pau de balsa é uma matéria prima que tem mercado consolidado. O proprietário de uma empresa de compensados no município de Guarantã do Norte (715 km ao Norte da capital), Claúdio Didomenico, fala que é necessário fazer teste com a madeira para verificar a sua resistência, ou seja, é necessário pesquisas para conferir a potencialidade do pau de balsa.

Segundo o empresário, ainda há escassez de matéria prima no mercado. "Acredito que em 2014, teremos madeira para utilizar nas indústrias", declara Cláudio. O produtor rural, Acássio Yochida, do município de São José dos Quatro Marcos (315 km a Oete da Capital), possui 130 hectares com o cultivo da madeira e espera que o preço do metro cúbico chegue a R$ 160,00, que considera um bom valor para comercialização das toras. O produtor fala que para manter um hectare de pau de balsa por ano, gasta em média R$ 1 mil. E o primeiro corte será realizado no quinto e sexto ano de plantio. A visita nas propriedades aconteceu no dia 18 de novembro.

SECOM - Da Redação - 01/12/2010

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

MT vai exportar a madeira PAU DE BALSA


22/10/2008 - 13h54

Redação 24HorasNews

Equador pretende comprar por ano 30 mil hectares de pau de balsa de MT


O economista de uma empresa de reflorestamento do Equador, Jorge N. Munõz esteve ontem (21.10), visitando a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) para conhecer de perto o trabalho e as pesquisas desenvolvidas com o pau de balsa.

No Estado, a madeira da espécie Ochroma pyramidale, ocupa uma área de 3 mil hectares com mais de 3 milhões de pés e está se tornando numa alternativa rentável para o produtor rural.

O presidente da Empaer, Leôncio Pinheiro da Silva Filho, repassou para o economista várias publicações dentre elas, as Diretrizes Técnicas para o cultivo do pau de balsa no Estado, trabalho que foi executado em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e que está à disposição do produtor.

Madeira leve como o isopor, o pau de balsa possui elevada resistência mecânica, sendo utilizado como material de isolação acústica, artesanato, construção de jangadas, balsas, aeromodelismo, colete salva vidas, fabricação de papel e outros.

Munõz está levando para o seu país materiais genéticos para verificar a densidade da madeira e qual será a utilidade no mercado mundial. A densidade é calculada por quilo, a considerada de boa densidade e com facilidade de penetração no mercado pesa em torno de 140 a 150 quilos por metros cúbicos, a leve chega a pesar 50 quilos por metros cúbicos. “Nos próximos cinco anos, estamos dispostos a comprar do Estado de Mato Grosso 30 mil hectares de pau de balsa por ano”, ressalta Jorge.

O diretor de Pesquisa da Empaer, Antonimar Marinho dos Santos, sugere uma parceria com a empresa para o melhoramento genético da planta, definido um material mais estável em termos de produtividade e precocidade. Ele acredita no potencial da planta e pretende fazer alguns acertos. “Já começamos alguns testes e ainda precisamos incrementar a planta, isso demanda de pesquisa e um pouquinho de tempo, estamos resolvendo alguns problemas e acertando outros”, comenta Marinho.

O pesquisador Décio Teruo Miyajima, fala que o economista veio apresentar a empresa que atua em 70 países e conferir o potencial do comércio do pau de balsa no Estado. Décio explica que a intenção é comprar a madeira dos pequenos produtores por um preço de U$ 200 o metro cúbico.

Participaram da visita, o diretor de Operações da Empaer, Jaime Bom Despacho da Costa, Engenheiro agrônomo da Seder, Luis Carlos Ferreira Bernardes, Chefe de gabinete da presidência, Gabriel Miranda dos Anjos, Assessor da presidência, Osvaldo Ferreira , Fomento mercantil, Cristian Marchiori e o empresário, Laércio Bernardi.